Rede Esgoto de Televisão : - Crimes, cinismo, jornalismo: uma análise

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

Rede Esgoto de TV - Globo e a defesa da lacração criminosa..

 

Crimes, cinismo, jornalismo: uma análise

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“Há árvores, Watson, que crescem normalmente até certo ponto e, depois, apresentam uma anomalia. O mesmo acontece com as criaturas. Tenho uma teoria pela qual o indivíduo representa, no seu desenvolvimento, toda a procissão de antepassados, e a inclinação para o bem ou para o mal significa qualquer forte influência que vem da sua linhagem. Dessa forma, essa pessoa se torna o resumo da história da família”. (“A Casa Vazia, pág. 35” – Sherlock Holmes).

Bonner e sua assistente Renata passam a ideia, todos os dias aos brasileiros, que a emissora onde trabalham é ética, justa e cheia de funcionários que estão felizes e também são justos, honestos e éticos. Sendo assim, a emissora se dedicou a atacar, nestes últimos dois anos, o governo Bolsonaro, mostrando ao mundo como o governo é malvado, criminoso e homofóbico. Exatamente o contrário da emissora e seus funcionários.

A Globo puxa a ponta do laço e mostra que todos os que não estão sob o seu círculo de influência são bárbaros e nefandos. Basta ver o caso de Regina Duarte: enquanto esteve na Globo era “a queridinha do Brasil”. Quando saiu da emissora para exercer outra função, mais de 500 apaniguados da empresa e estrelados artistas e intelectuais publicaram um abaixo-assinado contra “a queridinha do Brasil”. Pobre Regina, tinha involuído.

Marcius Melhem, diretor, ator e roteirista que trabalhava na Globo havia catorze anos se propôs a mudar o tipo de humor que a emissora fazia: “se ancorava num humor ultrapassado, que explorava preconceitos de gênero e sexo. A nova versão tinha uma linguagem politicamente correta, mais ágil, inteligente e contemporânea.” Com essa homilia foi promovido a Diretor do Departamento de humor e começou a chefiar, em outubro de 2018, cerca de cem (100) profissionais da emissora. Tornou-se o “Homo melhens”. Esse ser tem várias características, sendo que a mais importante é o seu discurso, pois nele assegura e reafirma que é de esquerda, protege as minorias, reverencia a ecologia, luta para manter a Amazônia em pé e quer aplicar nos outros seres humanos ainda não desenvolvidos a “Teoria de Gêneros”, além de exigir que falem outra língua com um x nos finais das palavras. Essa espécie de “Homo” superior pode ser encontrada nos Partidos de esquerda, nas Universidades, nas redações dos jornais e revistas, nas redes de televisão e principalmente no meio artístico.

A sua luta dia e noite é contra Bolsonaro e a extrema-direita que quer exterminar todos os despossuídos da terra. É um ser angelical, que vai transformar o mundo com suas ideias e sua bondade é tão pura quanto a do “Pobrezinho de Assis” - São Francisco de Assis, o santo que falava com os peixes - e não possuia qualquer tipo de ódio ou discriminação.

Como você já pode perceber, o “Homo melhens” está em outro patamar. Assim, todos os que não evoluíram são fascistas, sendo que o principal fascista é o Presidente, porque tomou o poder das esquerdas. Também são fascistas os que votaram no Presidente, pois são todos agressivos, cheios de preconceitos e não possuem qualquer virtude. Já o “Homo melhens” é democrático, carinhoso e capaz de refletir sobre si mesmo. Os que ainda não evoluíram, isto é, todo resto da humanidade, é constituída por fascistas autoritários, movidos por sentimentos negativos, que usam as redes sociais para corromper o pensamento puro das esquerdas.

O “Homo melhens” protege com todo vigor os negros e a mulher. Os negros porque continuam escravizados e a mulher porque não tem vez e nem voz na sociedade. Ele/ela quer transformar a sociedade malvada, insuportável, capitalista, cheia de ódio, uma sociedade nazifascista em uma sociedade de homens superiores, evoluídos.

“Comer pombas é, como diria Saint-Exupery, a verdade do gavião, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode ser a verdade do caçador”. ((Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, “O Gavião”, pág. 81).

“A comemoração continuava animada quando Calabresa resolveu ir ao banheiro...a atriz deu de cara com Melhem, que estava à sua espera e tentou agarrá-la...Com uma das mãos, ele imobilizou os braços da atriz. Com a outra, puxou a cabeça dela para forçar um beijo...Melhem conseguiu lamber o rosto dela. Em seguida, tirou o pênis para fora da calça...”

Esse era o verdadeiro comportamento do homem evoluído Marcius Melhem dirigindo o Departamento de Humor da Globo, totalmente contrário ao seu discurso, segundo a advogada Mayra Cotta que falou sobre o modo de agir de Melhem. “Foi um chefe que atuou de forma muito violenta com várias atrizes.” E detalhou:

“Houve um comportamento recorrente, de trancar mulheres em espaços e tentar agarrá-las, contra a vontade delas. De insistir e ficar mandando mensagem inclusive de teor sexual para mulheres que ele decidia se iam ser escaladas ou não para trabalhar, se ia ter cena ou não para elas. De prejudicar as carreiras de mulheres que o rejeitaram. De ficar obcecado, perseguindo mesmo. Foi um constrangimento sistemático e insistente.”
“Na terça-feira, três dias depois do assédio, no bar em Botafogo, Calabresa estava ensaiando um novo episódio do Zorra no Projac... De repente, as duas atrizes foram surpreendidas pela chegada de Melhem...“Para, para, para”, começou. “Eu não tenho culpa do que aconteceu! Quem mandou você estar muito gostosa?” ...Calabresa reagiu: “Não quero seu abraço nem suas desculpas, você já me agarrou, lambeu minha cara e encostou o pau em mim.” Melhem seguiu falando que ela era a responsável pelo comportamento dele: “Você tá muito gostosa.”

O relato é da Revista Piauí que ouviu 43 pessoas, em conversas presenciais, virtuais ou por meio da troca de mensagens de texto ou áudio. Entre elas, duas vítimas de assédio sexual de Marcius Melhem, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio, o sexual e o moral. Algumas das mais de quatro dezenas de pessoas conversaram com a revista sem pedir anonimato, mas a maioria só deu entrevista com a condição de que seus nomes não fossem revelados. Os motivos são diversos: evitar atritos com a Globo, prejuízos às suas carreiras profissionais ou mesmo ações judiciais.

Durante os anos em que o “Homo melhens” chefiou o Departamento de Humor, comandando mais de 100 funcionários, todos eles, nominados como pessoas superiores a afinadas ao discurso da Globo, esconderam DO PÚBLICO E DA JUSTIÇA os crimes cometidos pelo chefe.

“No curso da investigação contra Melhem...Mais cinco mulheres compareceram ao compliance da Globo e denunciaram Melhem por assédio sexual. Três delas falaram do incômodo de contracenar com ele, que costumava encostar-se nelas roçando o pênis ereto.
Ele fazia isso até quando me encontrava nos corredores. Sempre em tom de brincadeira, como se o lugar fosse apertado demais e fosse impossível não encostar em mim”, relatou uma delas.

Em conversas com a reportagem, outra atriz contou que Melhem a visitou no apartamento, para onde ela acabara de se mudar, quis conhecer seu quarto e, ao chegar ali, expôs sua genitália. Outra relatou que ele apareceu de surpresa em sua casa, dizendo que, ao passar casualmente pela região, resolveu visitá-la. Enquanto conversavam sobre a carreira dela na tevê, ele tentou agarrá-la.”

Daniela Ocampo, a número 2 do humor, um outro ser superior que trabalha na Globo, mobilizou a equipe para que todos assinassem uma carta de apoio ao chefe. Cinquenta e cinco pessoas assinaram.

O texto garantia que “o nosso colega Marcius Melhem em tempo algum praticou assédio moral com qualquer um de nós” e afirmava que a relação de trabalho entre todos era “baseada no diálogo, profissionalismo e respeito”. Concluía oferecendo “toda solidariedade a Marcius Melhem diante dessa maldade, que não vai destruir a harmonia entre nós, nem o prazer de trabalhar neste projeto que nos orgulha tanto.”

Daniela Ocampo não chegou a afirmar que se arrepende do que fez, mas, procurada pela Piauí, admitiu:

“Eu agi de acordo com o que eu acreditava na época e hoje sei que tinha uma visão parcial do que estava acontecendo.”

Depois de dizer que não gostaria de dar entrevista para apresentar detalhes, fez questão de acrescentar:

“O que eu posso dizer é que eu acredito nas mulheres e, como uma, estou ao lado das vítimas e sempre estarei.”

Chegamos aqui ao máximo do cinismo!

Somente quando a “Vênus Platinada” começou a afundar é que os ratos superiores saíram de seus buracos. Agora todos denunciam o “Homo melhens”. Agora o chefe é maldito. Agora a empresa é culpada porque sempre soube e nunca tomou providências. Se todos sabiam de tudo internamente, então o departamento de Jornalismo, comandado por Bonner,” o Virtuoso”, também sabia. E por porque não denunciou?

Emerge claramente desta análise que não houve denúncia porque a denúncia iria contradizer o falso discurso jornalístico que se mistura aos preceitos da esquerda que repetem todos os dias: a emissora onde trabalham é ética, justa e cheia de funcionários que estão felizes e também são justos, corretos e éticos.

“A pior pessoa é aquela que não apresenta defeitos. Essa é a pior de todas, a mais falsa de todas, quantas máscaras põe esta pessoa à frente de si mesma?” (Marco Aurélio Antonino Augusto, filósofo e Imperador de Roma).

O texto completo da reportagem que serviu de base para análise está em:

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