Cientistas descobrem planetas “superhabitáveis”

 

Cientistas descobrem planetas “superhabitáveis” promissores que podem ser “melhores” que a Terra

Por , em 6.10.2020
Ilustração de planeta habitável distante da Terra
Crédito: NASA Ames/SETI Institute/JPL-Caltech

Quando você intitula um artigo de pesquisa “Em busca de um planeta melhor que a Terra“, não está de brincadeira. A Terra, o único lugar que conhecemos que abriga vida, estabelece um alto padrão para todos os outros planetas.

Dirk Schulze-Makuch, geobiólogo da Washington State University (WSU), coordenou a pesquisa publicada na revista científica Astrobiology no mês passado. O artigo identifica 24 exoplanetas (planetas que orbitam estrelas que não são o nosso sol) que poderiam ser mundos “superhabitáveis” mais adequados para a vida do que o nosso.

Os cientistas criaram um conjunto de critérios para os planetas se qualificarem como potencialmente superhabitáveis. A lista inclui uma idade entre 5 bilhões e 8 bilhões de anos (a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos) e uma localização dentro da zona habitável de uma estrela onde água líquida poderia existir. Eles também procuraram estrelas de vida longa que são mais frias do que o nosso sol.

Em vez de focar em clones da Terra, a equipe procurou planetas que tivessem mais massa que o nosso. “Aquele que tem cerca de 1,5 vezes a massa da Terra deverá reter seu aquecimento interno por mais tempo através do decaimento radioativo e também terá uma gravidade mais forte para reter a atmosfera por um período mais longo”, disse a WSU em um comunicado na segunda-feira

A equipe aplicou os critérios a 4.500 exoplanetas já conhecidos e descobriu que 24 deles chegaram perto de se adequar ao padrão. Nenhum passou por todos os critérios, mas eles indicam possibilidades de mundos amigáveis ​​à vida além do nosso.

Existem muitas incógnitas quando se trata desses paraísos em potencial. “Habitabilidade não significa que esses planetas definitivamente tenham vida, apenas as condições que levariam à vida”, afirmou a WSU. Um problema ainda maior é que os candidatos estão a mais de 100 anos-luz de distância, longe demais para que cheguemos lá.

O que é útil aqui são os critérios para planetas que podem não ser exatamente como a Terra, mas podem ser locais ainda melhores para abrigar vida. Isso poderia nos ajudar a direcionar os recursos dos telescópios espaciais da próxima geração, como o atrasadíssimo James Webb da NASA.

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“Temos que nos concentrar em certos planetas que têm as condições mais promissoras para vida complexa”, afirmou Schulze-Makuch. “No entanto, temos que ter cuidado para não ficarmos presos à procura de uma segunda Terra porque pode haver planetas … mais adequados para a vida do que o nosso.”

Mais informações:

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